Bruna Moraes
Se você reside na cidade de Tatuí, é provável que já tenha ouvido
falar dos rumores acerca do Casarão dos Guedes ser um lugar mal assombrado. Mas
se você não é de Tatuí, ou simplesmente não sabe nada a respeito do Casarão,
eis a sua chance de conhecer.
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Casarão dos Guedes/ Foto: Bruna Moraes |
Antes de tudo, o Casarão chama atenção pela arquitetura antiga e bem
estruturada, e apesar da tinta descascada, é possível imaginar que quando ele
foi finalizado (em meados de 1800), era uma visão de tirar o folego de qualquer
um que passasse por ele. Ficou curioso? Você ainda pode ter esse deslumbre ao
vivo, caso resolva perambular pela Rua Nhônhô da
Botica, localizada no centro da cidade.
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Casarão dos Guedes/ Foto: Bruna Moraes |
Mas, voltando ao que interessa, seria mesmo esse
local mal assombrado?
Nós não podemos descartar essa possibilidade, mas
afinal de contas, a nossa imaginação é capaz de tudo, certo? Também
é necessário enfatizar que, por Tatuí ser uma cidade pequena, as
pessoas comentam, criam, replicam, é inevitável. Basta apenas uma boa dose de
tédio misturada com criatividade e pronto, temos uma história para entreter e
instigar crianças e adultos.
Quem nos dá um exemplo de uma, entre tantas outras
histórias envolvendo o Casarão, é a Luana de Almeida, de 18 anos. Ela conta que
cresceu ouvindo rumores sobre o local. “Diziam que os antigos donos mantinham
escravos no porão e que, se você passasse por lá à noite, ouviria o som de
correntes se arrastando”.
Já a aposentada de 78 anos, Cleide Ribeiro, diz que
há uma mulher de branco que aparece na janela do ultimo andar. “Coisa antiga
sempre tem assombração”, afirma.
Em frente ao Casarão, existe a antiga e inutilizada Companhia de Fiação
e Tecelagem São Martinho, ou como os tatuianos chamam: Fábrica São Martinho. E
sim, também existem lendas relacionadas a esse lugar.
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Fabrica São Martinho/ Foto: Bruna Moraes |
Mas antes, acho interessante citar uma curiosidade verídica a respeito
da Fabrica. Acontece, que ela foi a primeira indústria têxtil movida e energia
elétrica do País e seus donos, Martinho e Manoel Guedes, segundo o jornal
Estadão, hospedaram em seu casarão o imperador Pedro II.
Enfim, de volta as lendas
tatuianas: "Dizem que tem um túnel que conecta os dois lugares e
que assim o dono do casão podia surpreender os empregados na fabrica, tem gente
que diz que o túnel era pra prezar a segurança dos donos também."
Comenta Pedro Augusto, de 23 anos.
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Assombrados ou não, o Casarão e a Fabrica despertam curiosidade e encantamento nas
pessoas que por ali passam, e além disso, ambos fazem parte do patrimônio histórico cultural da cidade, do qual não podemos
deixar que caia no esquecimento.